segunda-feira, 4 de maio de 2015

MEU ANIVERSÁRIO DE 8 ANOS!


Claudia Fonseca de Freitas Saraiva

Eis que eu acordo e me dou conta que hoje faço aniversário! Meu aniversário de 8 anos como mãe. Como virginiana nata, diria que são exatos 8 anos, 39 semanas e 6 dias (inclui o tempo da gestação, é claro!)!
Nossa, e se com 15 anos eu achava que era gente, e aos 18 então, eu tinha certeza, descobri agora aos 42 de idade e 8 como mãe, que ainda estou no caminho para um dia então virar “gente grande”!!
Nada melhor no mundo que ser mãe, nada!
De outro lado, nada como se concluir que da vida eu ainda não sabia nada!
Se hoje eu tenho a capacidade de amar infinitamente, acima de qualquer coisa, também tenho a capacidade de sofrer na mesma intensidade ao perceber uma febre sem qualquer sintoma imediato, ou até  mesmo por ver uma carinha triste causada pelo mais bobinho dos acontecimentos.
Se o sentimento de alegria e felicidades desmedidas diante a nota dez na prova de matemática me fazem sentir o maior orgulho do meu filho, e a mãe mais realizada, o exercício da paciência me mostra que ainda tenho um longo caminho a percorrer.
Hoje mesmo fui pela 4ª vez levar a “caixinha do aparelho” do meu filho no colégio, na tentativa de evitar que o mesmo se quebre, ao ser “jogado na lancheira”. Sabe quantas vezes eu falo para ele verificar se a caixinha está na mochila? E quantas vezes chamo para escovar os dentes, e para tomar banho, e para sentar direito à mesa, e para prestar atenção na roupa molhada na mochila da natação, e o estojo de lápis que fica de fora da mochila do colégio, e o capricho na letra....
Lógico que tem coisas que até damos muitas risadas, por duas vezes já foi para o colégio com o pijama por baixo do uniforme!
E agora então que “descobriu” os palavrões????? Como lidar com isso? Radical: não, não pode falar em momento algum........quer dizer, “meu filho, palavrão é algo que dói no ouvido da gente, não fale nunca em casa, perto da família, e menos ainda diante da professora! ...mas assim,,,, se estiver no meio dos seus amigOOOS, “tipo” jogando futebol, e escapar um palavrão ok, mas do lado da sua irmã, que só tem três anos, NUUUUNNNCCCA! ENTENDEU?”
Hahaha descobri que não sei lidar com isso ainda, porque se não quero um filho mal educado, também não quero um filho bobinho. Mundo cruel! Na verdade, ainda não sei lidar com várias situações que se apresentam no dia a dia, e essa é apenas uma delas.
Em todo caso, tenho ciência que hoje é meu aniversário de 8 anos, portanto ainda sou uma “mãe-criança” e tenho longos anos pela frente para aprender mais e mais.
E não me resta dúvidas de que há oito anos, 39 semanas e seis dias, me sinto muito melhor como pessoa, como ser que ama incondicionalmente, como alguém que tem a missão de criar dois seres tão lindos, alegres, cheios de saúde e energia. Hoje sei muito mais sobre o significado da palavra “responsabilidade”. (hoje também sei tudo o que meus pais passaram quando eu me achava gente com 15 anos, rsrsrs)
Amar, chorar, sorrir, exercitar a paciência, são verbos que fazem parte do meu cotidiano, da forma mais intensa, como eu nunca podia imaginar.
Agradeço à Deus, que me confiou duas das suas mais preciosas criaturas, e rogo paciência com a minha pessoa, uma vez que ainda só tenho oito anos como mãe, estou na fase de aprendizado e talvez conclua parte dessa missão apenas quando eles tiverem seus próprios filhos. (sem esquecer que “filho criado, trabalho dobrado”, e que filhos são eternas crianças para as mães.)