domingo, 19 de junho de 2016

Futebol Brasileiro atual...novamente...

Nicanor de Freitas Filho

            Há um ano, mais precisamente no dia 11/07/2015, escrevi aqui no Blog, sobre o Futebol Brasileiro, logo após a vergonhosa – que eu achava que era vergonhosa – participação na Copa América, no Chile. O que dizer hoje? Se aquela participação foi vergonhosa a participação na Copa América Centenário, nos USA, foi o quê? Não tem como definir! Desculpem-me, mas não tem como definir. Ver o Dunga, com aquela “cara de bunda sem lavar”, com substituições para fazer e preferir não fazer nada!
            Está acontecendo o que previ no ano passado. Continuam lá o Del Nero, o Gilmar Rinaldi e o “Cara de bunda”, desculpe é Dunga... Sabe o que estamos fazendo? Sim, andando para trás. Quando puseram lá o Dunga em 2010, ele era um ex-jogador razoável, que tinha sido o Capitão da Seleção de 1994. Mais nada. É claro que não ia dar certo, pois lhe faltava experiência e liderança. Ele se baseava muito nos conhecimentos de Jorginho, que também não eram mais que um ex-jogador razoável. Ou seja, experiência zero.
            Pergunto: se você vai procurar um cirurgião para uma cirurgia difícil, você vai atrás de um recém-formado ou procura um cirurgião de renome e experiente? Se você precisar de contratar um piloto para um voo particular, você vai contratar um experiente piloto com mais de quinze mil horas de voo, ou vai contratar um que tirou o brevê a 6 meses?  Se uma empresa precisar de um CEO, ela vai preferir promover um experiente funcionário, que conhece a empresa há mais de vinte anos ou vai promover um que começou há menos de um ano? Se for ao mercado, vai contratar um que já tenha sido CEO em empresa correlata com bastante experiência, ou vai contratar um desconhecido, que nunca exerceu função similar? Será que é fácil de decidir, quando tem no mercado pessoas que estudaram e se preparam para aquela função que você está procurando? Fácil de decidir não é? Ainda mais tendo grana suficiente para pagar o melhor salário do mercado? É facílimo de decidir! Quer dizer, não para qualquer um. Quem não pode viajar com a Seleção, para o exterior, por problemas... deixa prá lá. Vamos voltar ao nosso assunto.
            Aí quando deu tudo errado em 2010 –  por pura falta de experiência do Líder da Equipe, o mesmo “Cara de bunda”, perdão o Dunga – a vetusta direção da CBF voltou no tempo e contratou um Técnico de dez anos atrás. Que já estava, notoriamente, fora do seu melhor. Já não conseguia mais um bom resultado desde que treinou a Seleção de Portugal, que aliás tinha tudo para ganhar a Eurocopa de 2004 e perdeu a final para a Grécia! Lembram? Gol do Charisteas (não sei se é assim que se escreve). Aliás perdeu o jogo de abertura e a final para a mesma Grécia. Então para a gente não achar mais que o maior vexame, do futebol brasileiro, foi o de “Maracanazzo” de 1950, levamos os 7 a 1 do “Mineiraço”, com o grande técnico, prepotente, invencionista e já desatualizado. Hoje está ganhando dinheiro na a China!
            Tá bem. Vamos renovar disse a CBF. Contrataram o “agenciador” de jogadores, Gilmar Rinaldi, para direção do futebol da CBF, que imediatamente retroagiu novamente, só que de forma muito pior. Mandou chamar de novo o “Cara de bunda”, desculpe, o Dunga, pelo belo trabalho apresentado na África do Sul em 2010. Ou seja, só andamos para trás! Lembram que o Pepe Guardiola (atual técnico campeão alemão)deu uma declaração que teria a maior honra e o prazer de dirigir a Seleção Brasileira, que era sua grande inspiração? Por que não?

            (Esse artigo foi escrito até aqui, no dia 13/06/2016. Não publiquei porque sempre gosto de rever o português, as concordâncias e as palavras que se adaptam melhor ao que quero expressar. Sei que tenho dificuldades na escrita. Tendo ocorrido novidades vou continuar escrevendo. Então entendam que a primeira parte tinha uma finalidade e agora repetindo as palavras do nosso Presidente Roberto de Andrade, estou “puto” da vida com a CBF).

            No dia 15 de junho, ficamos sabendo que a CBF despachou o Gilmar e o “Cara de bunda”, digo Dunga e contratou o Tite com toda a Equipe Técnica Corinthiana. Pela terceira vez a CBF “ferra” com o Corinthians e é por isso que estamos “putos” da vida! Primeiro foi com o Wanderley Luxemburgo, depois com o Mano Menezes e agora com o Sr. Adenor Bacchi – o grande Tite – que foi tirado do Corinthians, onde implantou uma filosofia de jogo há um bom tempo, e, que tem dado certo. Mesmo perdendo o time titular do ano passado, quase todo, o Tite conseguiu manter um time com um padrão de jogo! Agora, começar de novo...
            E ficamos com receio do que possa acontecer com o Tite – hoje o melhor treinador em atividade no Brasil – porque a CBF não é confiável. Pode ocorrer com o Tite o que aconteceu com Leão, Felipão (7 a 1), Luxemburgo e Mano, ou seja, não conseguir mais ser um competente Técnico de Futebol, pois parece uma “praga”, passar por essa CBF de Teixeira, Marin e Del Nero, corrupta e incompetente. Será uma pena, se isto acontecer!
            Como disse o presidente do Corinthians, O Tite merece a Seleção mas a Seleção não merece o Tite. Acredito que poderia ter agido como o Muricy, não aceitando o cargo, por ter contrato com o Clube, mas, também reconheço que ele – o Tite – se preparou para este momento, que dificilmente se repetirá.
            Ele fez bem em, pelo menos, não aceitar o comando da Seleção Olímpica, pois não terá tempo, visto que faltam menos de cinquenta dias para o início da competição. Ele prefere já começar o planejamento para as eliminatórias sul-americanas. Talvez ele venha a ajudar a “quebrar” minha profecia de que o Brasil não se classificaria para a Copa de 2018, se nada mudasse na CBF! (Brasil hoje é o sexto colocado, portanto fora do Mundial). O principal não mudou, mas o Tite é muito competente e pode resolver sozinho! Pior, se não conseguir classificar o Brasil, para Copa de 2018, a culpa será todinha só dele. Se classificar, o mérito será da CBF que o tirou do Corinthians para salvar a Seleção!

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Eu sei que vou te amar...

Nicanor de Freitas Filho

            Em outubro do ano passado, eu tinha ouvido um CD de MPB, e no dia seguinte, fiquei cantarolando, o dia todo “Eu sei que vou te amar...” Sabe assim... quando a música não sai da cabeça da gente... Quando fui buscar os meus netos no Colégio, a minha netinha ouviu meu cantarolar e perguntou: “...que música é essa, vovô?” Então cantei um pouco mais para ela, que gostou muito da música. Mais tarde pediu para cantar de novo. Demonstrou ter, realmente, gostado.
            Já fazia mais de 6 anos que eu não tocava violão. Mas, à noite, peguei-o e o afinei e treinei cantar a música. No dia seguinte, com os dedos doloridos, pela falta dos calos, que só aparecem com o tempo e a prática, cantei a música inteira para ela. Ela prestou muita atenção e disse que gostou. É bom esclarecer que ela estava então com três anos e oito meses.
            Depois de cantar algumas vezes, ela me olhou assim de um jeito bastante interessada e me perguntou: “Vovô, o que é sofrer?” Eu fiquei em dúvida de como responder e tentei explicar que ele – o autor da música – “sabia que ia sofrer” porque ela – a namorada dele – ia embora. Ela então, de pronto disse assim: “Ah! Mas então é saudade?” Eu comecei a me enrolar para explicar para ela o que era “sofrer”. Fui dando exemplos, falei que, às vezes, é dolorido para gente, até que ela disse: “Entendi! Quando a gente cai e machuca a gente sofre?” É, acho que ela entendeu direitinho!
            Quando foi no mês de dezembro, perto do Natal, ela foi com o irmão, os Pais e os avós paternos, visitarem a Bisavó, que estava numa Clínica de Repouso, pois não andava muito bem de saúde. Lá, num dia festivo, estavam quase todos no pátio e para alegrar tinha um senhor, já de cabelos brancos, tocando violão. Ela foi se chegando para perto do cantor e ficou observando. Ela gosta de música! Quando ele terminou uma música, perguntou para ela se ela gostava de música e ela respondeu: “Muito!” Ele então perguntou para ela de qual música que ela gostava, para ele cantar para ela. Ela disse: “A música da Frozen”. Ãh? Ela repetiu: “A música da Frozen”. Ele então confessou que não conhecia a música. Ela, com muita simplicidade, olhou para aquele senhor de cabelos brancos, com um violão nas mãos e foi firme: “Então pode ser Eu sei que vou te amar...” O senhor, pegou o microfone e disse: “Atendendo o pedido da senhorita aqui presente, vou cantar Eu sei que vou te amar!”

sexta-feira, 3 de junho de 2016

Espírito Santo do Pinhal


            Eu estudei na cidade de Espírito Santo do Pinhal, nos anos sessenta. Naquela época chamava apenas “Pinhal”. Lá me formei em Técnico Agrícola, namorei, fiquei noivo, mas não casei. Era muito novo! Lá iniciei minhas atividades políticas, tendo participado de uma greve, que foi do dia 27 de março ao dia 18 de agosto, quase cinco meses, que nos fez perder um ano na vida, pois naquela época, os vestibulares ocorriam, todos, no mês de dezembro e com a greve de cinco meses, só terminamos as aulas em janeiro do ano seguinte.
            Sempre mantive contato com os ex-colegas, amigos, professores de lá e ainda vou todos os anos participar dos Encontros de Ex-Alunos e lembro que a partir de meados dos anos setenta, a cidade voltou a se chamar “Espírito Santo do Pinhal”. Na verdade, nunca soube por que houve esta mudança.
            Agora, já com meus 72 anos de idade e mais de 50 de formado lá, recebo, do meu ex-colega da Faculdade de Economia São Luis, o amigo João Baptista Whitaker Assumpção, que nem sabia que eu tinha estudado lá, a devida explicação, que reproduzo abaixo:

Até parece história da Bíblia (do Gênesis)
 José Maria Whitaker

            Espírito Santo do Pinhal é uma cidade do Estado de São Paulo, onde meu avô, José Maria Whitaker, iniciou sua carreira profissional, uma banca de advocacia.
            E, em uma conversa no Facebook, do grupo da família, meu irmão mais velho, José Maria, que já está com 90 anos, contou essa pérola:

“A Cidade, um dia, num arroubo e valentia antirreligiosa, mudou o nome para Pinhal. Ocorreram, pouco tempo depois, enormes problemas de seca, de inundações, de safras perdidas e não sei o que mais. Talvez raios, incêndios, destruições... A população, revoltada e aterrorizada, exigiu a penitência de retomar o nome protetor... Voltou a se chamar Espírito Santo do Pinhal. Acalmaram-se os revertérios... Não lembro se foi Vovô ou Vovó quem me contou.”