sexta-feira, 3 de junho de 2016

Espírito Santo do Pinhal


            Eu estudei na cidade de Espírito Santo do Pinhal, nos anos sessenta. Naquela época chamava apenas “Pinhal”. Lá me formei em Técnico Agrícola, namorei, fiquei noivo, mas não casei. Era muito novo! Lá iniciei minhas atividades políticas, tendo participado de uma greve, que foi do dia 27 de março ao dia 18 de agosto, quase cinco meses, que nos fez perder um ano na vida, pois naquela época, os vestibulares ocorriam, todos, no mês de dezembro e com a greve de cinco meses, só terminamos as aulas em janeiro do ano seguinte.
            Sempre mantive contato com os ex-colegas, amigos, professores de lá e ainda vou todos os anos participar dos Encontros de Ex-Alunos e lembro que a partir de meados dos anos setenta, a cidade voltou a se chamar “Espírito Santo do Pinhal”. Na verdade, nunca soube por que houve esta mudança.
            Agora, já com meus 72 anos de idade e mais de 50 de formado lá, recebo, do meu ex-colega da Faculdade de Economia São Luis, o amigo João Baptista Whitaker Assumpção, que nem sabia que eu tinha estudado lá, a devida explicação, que reproduzo abaixo:

Até parece história da Bíblia (do Gênesis)
 José Maria Whitaker

            Espírito Santo do Pinhal é uma cidade do Estado de São Paulo, onde meu avô, José Maria Whitaker, iniciou sua carreira profissional, uma banca de advocacia.
            E, em uma conversa no Facebook, do grupo da família, meu irmão mais velho, José Maria, que já está com 90 anos, contou essa pérola:

“A Cidade, um dia, num arroubo e valentia antirreligiosa, mudou o nome para Pinhal. Ocorreram, pouco tempo depois, enormes problemas de seca, de inundações, de safras perdidas e não sei o que mais. Talvez raios, incêndios, destruições... A população, revoltada e aterrorizada, exigiu a penitência de retomar o nome protetor... Voltou a se chamar Espírito Santo do Pinhal. Acalmaram-se os revertérios... Não lembro se foi Vovô ou Vovó quem me contou.”

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Nicanor de Freitas Filho