Nicanor
de Freitas Filho
Como
Economista, trabalhei por 7 anos, num Grupo Financeiro, tendo sido Assessor do
Diretor Superintendente por 5 anos. Nesta função, executei muitos trabalhos,
alguns corriqueiros, que sempre procurei “fazer diferente” para melhorar,
alguns difíceis que davam muito trabalho de pesquisas, e, principalmente alguns
complexos, que me obrigava a estudar muito, antes de executá-los... O certo é
que sempre procurei fazer “o melhor” e até acho que era reconhecido o meu
esforço.
Numa
altura desses 7 anos, indiquei um amigo para trabalhar no Grupo, que ficou
conhecendo e se engraçou com à minha “secretária” – é, naquele tempo tinha-se
Secretária, porque os trabalhos eram grandes, exigiam pesquisas e
principalmente datilografar tudo, sem erro, e organizar toda aquela papelada e
a agenda de trabalho – e acabaram se casando e estão casadinhos até hoje.
Ela
era muito esperta, criativa e espirituosa, me ajudava muito. Eu tinha uma mania
de conferir tudo, duas ou três vezes. E quando achava que o trabalho tinha
ficado bom, de verdade, eu às vezes, perdia a modéstia, dava aquele tapinha com
as costas das mãos no papel e falava comigo mesmo:
- Êta menino bom! Que maravilha de
trabalho! Pode pedir aumento pro Chefe!
Acho
que aquilo foi “saturando” a paciência da Secretária – que era e é muito minha
amiga – pois como fazia sempre trabalhos que ficavam bons, sempre eu me
autoelogiava.
Um
dia, ao terminar um serviço, ela me entregou, e ficou esperando pois era
urgente. Acabei de ler, dei aquele tapinha no papel, com as costas da mão e
soltei minha frase predileta:
- Êta menino bom! Que maravilha de
trabalho! Pode pedir aumento pro Chefe!
No
que ela, sem pensar muito, respondeu:
- Chefe, você tem razão, ficou
muito bom. Aliás, você trabalha muito bem,ainda que somente use uma das mãos,
porque enquanto trabalha com a mão direita, usa a mão esquerda para jogar
confete na própria cabeça...
Falta
de respeito! né?
É sempre um prazer ler os seus "causos" e para mim servem também para matar as saudades!!!
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