sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Causo 70 "Bicho" para perder o jogo?


O dia em que o árbitro ganhou “bicho” para “perder” uma partida.

Alcino de Freitas

            Fato verídico acontecido na cidade de Patrocínio, durante uma partida entre o Araxá Esporte Clube e a equipe da Patrocinense, oportunidade em que o alvinegro araxaense tinha a obrigação de se apresentar naquela cidade como pagamento do passe do zagueiro Ganso. O time do Araxá Esporte estava bem preparado, bem treinado, vencendo as demais equipes aqui da região.
            Como sempre o problema era dinheiro para pagar a manutenção do plantel e contratar bons jogadores. José Pires sempre preocupado com o problema financeiro, com as dividas com a Pensão Tormim do Jairo do Espírito Santo Brito, tinha mais este gasto indesejável de viajar até a vizinha cidade de Patrocínio e arcar com mais esta despesa, além do pagamento do “bicho” aos jogadores, em caso de vitória.
            Já no primeiro tempo o Araxá Esporte vencia a Patrocinense por 1 a 0, com relativa facilidade. Matreiro, inteligente, José Pires pensou e concluiu o seguinte: é mais fácil pagar o “bicho” pra um, do que para o time inteiro.
            No intervalo do primeiro para o segundo tempo, chamou o árbitro num canto e lhe propôs o seguinte:- “se você inverter esta vitória em derrota, eu lhe pago um ‘bicho’”. Missão fácil para o árbitro que passou a marcar tudo em campo, escanteios, faltas e até penalidade máxima contra o Araxá Esporte Clube, fazendo com que, o Clube Atlético Patrocinense saísse vencedor. Anos depois, fiquei sabendo que, após a partida, ainda dentro do vestiário, alguns profissionais que participaram do jogo, desconfiaram da referida tramóia e além de cobrar, acabaram por receber os seus direitos.

6 comentários:

  1. Aos Freitas
    Matreiro como era em assunto de "bicho", o Cruzeiro bem que poderia ter contratado o José Pires para trabalhar na "Toca da Raposa", uai!
    Abraços. José Carlos - 24/11/12

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    1. Tudo do Sr. Zé Pires foi feito pelo "amor" ao Araxá Esporte, portanto o Cruzeiro não conseguiria nada dele...

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  2. Muito bom o "causo". Mas, folclore à parte, nosso futebol, muitas vezes, parece igual à nossa política, seja nos grandes campeonatos, seja nos joguinhos regionais/várzeas., etc. Jogos comprados, arbitragens suspeitas, vendas de passes de jogadores muito esquisitas, convocações para a chamada "seleção" que são inexplicáveis, etc... Os "cartolas" podem, muitas vezes, dar as mãos aos piores pólíticos... Abs. Soja

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    1. Soja, você tem toda razão, o Futebol já se igualou à política, pois são coisas que dão dinheiro...

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    2. Realmente é algo que ainda deve acontecer, em diferentes proporções. Infelizmente, parece cultural o "jeitinho brasileiro" que é um apelido para falta de caráter. É a maneira de se sobressair prejudicando o próximo. E graças ao jeitinho brasileiro, temos o mesmo tipo de problema na política, no futebol, no mundo corporativo, no condomínio onde moramos...

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    3. Daniel, parece até que meu irmão estava sabendo do que estava para acontecer na Federação (com o Marco Polo) e CBF (com a demissão do Mano)... Quem sabe, agora, com essa arrancada do STF, as coisas comecem a chegar nos eixos!!

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Nicanor de Freitas Filho