“Quando se convive muito com a mentira,
ficamos
propícios a desconfiar da realidade!”
Rui Barbosa
Nicanor de Freitas Filho
Tenho recebido tantas mensagens, via WhatsApp, Facebook e
mesmo por e-mail, chamando-me a manifestar contra a Reforma da
Previdência, inclusive de pessoas muito esclarecidas, que tenho ficado
assustado! Bem verdade que o Governo se comunica muito mal, a Imprensa em geral
divulga muito mal, os políticos não sabem o que falam, ou seja, aparentemente
todos estão tratando de coisas que não tomaram conhecimento completo, ou será
que somente o Lula e seus blogueiros sabem se comunicar? O que o Lula fala,
aparentemente todos acreditam. Impressionante!
Por causa das mensagens recebidas, resolvi colocar no meu
blog o que eu já li, pesquisei e tomei conhecimento. Da mesma maneira que a
Reforma Trabalhista só trouxe vantagens para nós trabalhadores, a Reforma da
Previdência também. Vocês leram a carta aberta dos alunos do Colégio Santa
Cruz, aos professores que aderiram à greve da CUT/PT? Vocês leram o relatório
do Deputado Arthur Maia – agora já aprovado por 23 x 14? Pois é. Acho que é por
isso que não tenho tempo para escrever, porque eu saio atrás desses documentos,
antes de dar minha opinião, ou antes de convidar alguém a protestar comigo!
Existe alguma outra forma de consertar a conta da
Previdência? Não! Definitivamente, não! Tenho ouvido as bobagens que se receber
tudo o que os empresários devem resolve o problema da Previdência. Fui ver quem
deve: Varig, Vasp, até a Caixa Econômica, Prefeituras, Vale (que não paga nem o
prejuízo de Mariana), e assim vai. São empresas quebradas e/ou que não vão
mesmo pagar. Está tudo lá na Justiça, mas não vai resolver (e se resolverem
será a favor dos devedores). É culpa do atual governo? Claro que não! Isto vem há
tempos e é por isso que tem que se fazer a reforma. Deu para entender?
Os grandes beneficiários da Previdência são: os
políticos, que recebem os benefícios com 8 anos de mandato, os funcionários
públicos concursados que recebem aposentadorias integrais e até acumulam mais
de uma, mormente os Juízes e Militares.
Então vamos ver primeiro estes dois casos. No caso dos políticos,
a proposta é que eles passem a ter que somar o que têm de tempo de INSS ou
outra instituição, com o tempo de mandato, que somados têm que dar mais que 35
anos e ele precisa ter mais de 60 anos para receber uma aposentadoria que não é
o máximo (pouco mais de 5 mil reais). O máximo só se completarem os 65 anos. Ou
seja, bem melhor que os atuais 8 anos com recebimento integral, né? Tem sim, uma
regra de transição. Os atuais, praticamente vão receber tudo como é. No caso
dos funcionários públicos, federais, já entram na regra nova. Para os
estaduais, também já fica valendo, mas dentro de 6 meses os governos estaduais
podem alterar, mas só para ficar mais apertado. Se não alterarem, vale o que
está sendo proposto para os federais. Tem também a regra de transição, para não
prejudicar quem já está próximo da aposentadoria. Quem já está aposentado, fica
tudo do mesmo jeito. Não mexe em nada. Daqui a alguns anos, todos passarão a receber, no máximo, o equivalente hoje, a 5.531 reais.
Ora, sabemos que cerca de 29,2 milhões de beneficiários
comuns ou pensionistas recebem na média, cerca de R$ 1.500,00 per capita, já os
servidores civis dos Estados e da União a média fica por volta de R$ 7.500,00 e
os servidores militares tem uma média de R$ 9.500,00. Será que isto está certo?
O que a reforma da Previdência está propondo é que os beneficiários do INSS demorem
um pouco mais para se aposentar, pois em poucos anos, os 32 milhões de
aposentados hoje, deverão ser 44,4 milhões. Mas a proposta para os funcionários
públicos e políticos é que passarão a ter aposentadoria igual à dos
beneficiários do INSS e que também demorem mais para se aposentar. Então, os
únicos que afetados na atual proposta de reforma são os funcionários públicos e
políticos, que estão perdendo sim parte dos seus privilégios. Pergunto: É justo
os funcionários públicos receberem aposentaria integral, enquanto que os bobos
– como eu – que paguei a contribuição por 43 anos, por algum tempo, sobre 20
salários mínimos, recebam cada vez menos? Hoje recebo menos de 4 salários.
Quando aposentei foi com 8,6 salários mínimos, por causa do “fator
previdenciário”.
Veja
abaixo o quadro “Infográfico Estadão” e ficará mais fácil de compreender.
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Nicanor de Freitas Filho