terça-feira, 27 de junho de 2017

Abacate e Banana

Hoje, 27/06/2017, faz 6 anos que fiz a primeira postagem nesse meu Blog. Então, não poderia deixar de postar algo. Gostaria mesmo de “meter o pau” na Datafolha, ou “PataTolha”, como gosto de escrever, pois, ontem, às vésperas do Dr. Sérgio Moro dar a sentença do Lula, eles soltaram uma “pesquisa” (que só eles sabem como foi feita e porque)dando como resultado que o Dr. Moro teria 44% de votos num segundo turno e o Lula 42%. Isto para justificar a condenação, que tem que vir, como uma forma de evitar a candidatura do apedeuta. Por pura coincidência, a "Narizinho" soltou uma nota dizendo que, se o Lula não participar das eleições de 2018, será uma fraude! Pasmem!!
            Mas vou ficar nos meus causos mesmo!

Abacate e Banana
Nicanor de Freitas Filho

            Depois de entrar na Faculdade, como contei, morava na casa da Aurora e Zé Pedro, meus primos, e passei a ter muito contato com outros primos, a Glória e o Vilaça. Frequentava a casa deles e vários finais de semana ia visitá-los e eles me levavam para passear num Clube em São Bernardo. Foi ele quem me convidou para ir trabalhar na SPI – Sociedade Paulista de Investimento Crédito e Financiamento, uma Financeira que ficava na Rua Major Sertório, entre a Rua Rego Freitas e a Bento Freitas. O convite deu-se porque eu já trabalhava em Banco e tinha alguma experiência em Contabilidade. Tinha outras empresas no Grupo, mas na Financeira eram o Vilaça que era o Gerente, o Carlos Onodera que era o Contador e eu que era Auxiliar de Tudo. Aprendi muito com o Vilaça e com o Carlos.
            O Carlos morava numa pensão na própria Rua Major Sertório, a uma quadra da Financeira e me incentivou a me mudar para pensão também. O dono da Pensão era um húngaro, que o chamávamos de Seu Sandro, mas o nome húngaro dele era Sándor. E consegui alugar um quarto com apenas duas camas, porque tinha lá quartos com até quatro camas. O Carlos, como era mais rico, pagava dois alugueis e tinha um quarto só para ele. Lá era só para morar. Não servia refeições, como na pensão que morei no Butantã, quando vim para São Paulo e trabalhava na Cooperativa Agrícola de Cotia em Pinheiros. O Seu Sandro nos indicava uma pensão que só servia almoço, na Rua Amaral Gurgel.
            Eu estudei com um descendente de húngaro em Pinhal, o Ferenc Gyula Kleinmeyer, que nós o chamávamos de Púskas, por causa do famoso jogador do Real Madrid, cujo primeiro nome também é Ferenc. Um dia eu estava chegando à pensão, quando dei de cara com o Púskas, cujo pai era muito amigo do Seu Sandro e ele tinha lá na pensão, um outro amigo, também húngaro, cujo nome era Andris, mas que chamávamos de André. Aí, fomos almoçar juntos o André, Púskas e eu. Lá conversando o Púskas me contou a seguinte história:
            “O André, veio sozinho para o Brasil e foi morar numa outra pensão na Moóca. Falava muito mal o português mas se virava. Quando ele descobriu a pensão do Seu Sandro, ele se mudou e passou a almoçar na pensão da Rua Amaral Gurgel. Um dia serviram uma sobremesa que era abacate batido com leite condensado. Ele perguntou o que era e lhe informaram. Ele não quis comer. Então lhe ofereceram banana, que ele também não quis. Esta cena, de recusar banana e abacate, se repetiu várias vezes, até que um dia a dona da pensão ficou brava com ele e perguntou porque ele não aceitava a sobremesa. Ele contou que lá na pensão da Moóca também não tinha refeições. Então, ele com pouco dinheiro, comprava frutas para o jantar. Um dia ele passou na banca de frutas e viu uma bela fruta verde, que lhe informaram que chamava abacate. Ele comprou dois e levou para a pensão. Descascou, igual se descasca laranja, tentou a comer. Os abacates ainda estavam verdes. É obvio que deve ter sido realmente horrível. Ele nunca mais quis nem chegar perto de abacate!
            E as bananas que ela servia eram bananas nanicas, daquelas que,quando maduras, ficam pintadinhas. Ele achava que aquelas pintas pretas eram de bichos e morria de nojo! Então, quando ele encontrou o Púskas e o viu comendo tanto uma quanto outra, questionou como ele comia ‘aquelas porcarias’. O Púskas explicou para ele que era uma delícia essas frutas brasileiras e o fez experimentar. Mostrou que o abacate maduro batido com leite condensado era delicioso e a banana com pintas era porque estava bem madura. A partir daí esse húngaro, Andris, passou a comer banana nanica e abacate todos os dias e de todas as maneiras.
            Um dia esteve almoçando na pensão, um chileno, que eu não conheci, mas ensinou o Andris a comer abacate também na salada. E ele sempre pedia para a dona da pensão que acrescentasse na salada dele, pelo menos, dois pedaços de abacate!”
            Por isso eu digo sempre para as crianças: “tem que experimentar de tudo, mas da forma certa!”

2 comentários:

  1. Queria mais informações.
    Sou filho de puskas o senhor ferenc. Se me chamar ou me enviar um e-mail ficarei eternamente grato. Meu zap 69 984846322

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  2. Que surpresa! Filho do Puskas! Teremos um encontro em Pinhal no próximo dia 21 de setembro e vou contar que fui contatado pelo filho do Puskas...Sei que tem gente que vai ficar admirado! Pena que você não informou seu nome. Enviar um zap sem saber para quem hoje no Brasil é arriscado! Vai que caio no Zap do Vermelho e ele me hackeia??? Passe-me seu nome completo para eu ter certeza! Abraços

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Obrigado pelo seu comentário! É sempre muito bem vindo.
Nicanor de Freitas Filho